quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Assimp, Blender, DevIL = Objeto renderizado com mapeamento UV usando OpenGL

Continuo buscando meios para fazer meu jogo. Já decidi algumas coisas, porém colocar todas as coisas juntas, escrever o código e fazer executar é a coisa mais difícil, ainda mais quando se está aprendendo todas as tecnologias necessárias para isso, no entanto é recompensador cada progresso feito.

Eu decidi que o Blender será meu editor, tendo em vista duas alternativas: escrever meu próprio editor ou utilizar um já disponível. Hoje em dia a quantidade de editores 3D é enorme, sendo que se eu fosse escrever um, até que este chegasse em um nível de maturidade aceitável levaria muito tempo, sendo assim optei por utilizar o Blender, que possui uma comunidade enorme a sua volta e é extensível através de plugins, permitindo customizá-los de forma a obter algumas das facilidade que é possível quando se usa um editor próprio, tal como verificar determinadas propriedades de uma cena criada.

O Blender oferece o suporte para realizar o unwrapping (abrir a malha) de um objeto, criando um mapa de textura UV. Nesta página você pode encontrar mais informações a respeito do que estou dizendo: http://www.blender.org/development/release-logs/blender-234/uv-unwrapping/. Este mapa pode ser exportado e editado em seu aplicativo de edição de imagens preferido.

No meu aprendizado eu fiz algo bem simples, abri a malha de um cubo e com o Gimp pintei cada face de uma cor. Após preparar esta textura voltei ao Blender e a apliquei ao cubo. Pronto, este era o objeto que eu queria renderizar em minha aplicação OpenGL, sendo assim exportei-a para o formato Collada 1.4 através do Blender.

Para carregá-la em minha aplicação utilizei a biblioteca Assimp. Apesar de muitos dizerem que escrever código para carregar um formato específico é bastante simples não queria me ater a esta tarefa, pois o principal motivo para fazê-lo é desempenho e eu por enquanto quero experimentar com as peças que podem me auxiliar e o mais rápido possível :).

Além da Assimp utilizei a bilbioteca DevIL que permite importar diversos formatos de arquivo para memória e serem utilizados como textura em uma aplicação OpenGL. Além disso a Assimp também importa todos os pontos do mapeamento UV, sendo possível dizer em quais locais determinados pontos da textura devem ser aplicados na malha do cubo.

Para fazer tudo isso rodar, ainda era necessário escrever o código para carregar o objeto e renderizá-lo na tela. Para facilitar a vida a biblioteca Assimp traz um código de exemplo: http://assimp.svn.sourceforge.net/viewvc/assimp/trunk/samples/SimpleOpenGL/, porém este não utiliza texturas. Um outro desenvolvedor criou um novo exemplo com suporte a texturas: http://assimp.svn.sourceforge.net/viewvc/assimp/trunk/samples/SimpleTexturedOpenGL/, porém apenas com suporte para compilar no Windows usando o Visual Studio, que eu não pretendo utilizar :). Eu fiz uma mistura dos dois alterando o primeiro exemplo e compilei no GNU/Linux, porém não vou publicar o código que escrevi, pois é algo simples e tenho certeza que você consegue fazer também :).

O resultado final? Olha aí que beleza!!!

Um passo de nada para a humanidade dos programadores de jogos, mas um grande passo para mim :P. Agora prentendo colocar dois cubos na minha tela, cada um girando para lados opostos, sendo que quero criar os dois cubos na mesma cena do Blender e tratá-los separadamente na aplicação (ou como um único objeto). Acredito que esta é uma forma interessante de representar objetos que durante a execução da aplicação possam ser quebrados.

Após isto quero adicionar suporte a princípios físico através da utilização da biblioteca Bullet. Após isto o céu é o infinito!!! Estarei bem armado para escrever meu jogo de Fórmula 1.

sábado, 6 de novembro de 2010

Comparação Entre Métodos para Evolução de Controles de Carros de Corrida em Jogos Computacionais

Acabei meu artigo sobre treinamento de carros de corrida para jogos computacionais, onde compara diversas técnicas diferentes para a evolução dos controladores. Desenvolvi este trabalho como requisito para formação do curso de pós-graduação que estou cursando.

Neste trabalho utilizei quatro métodos, NEAT, GA, lógica fuzzy e aprendizado por reforço para treinar um carro de corrida no simulador TORCS.

Os resultados ficaram aquém das minhas expectativas, mas aprendi bastante com ele. Foi uma viagem interessante e se não cheguei no destino que queria, pelo menos agora tenho um entedimento melhor do mapa que pode me levar até lá.

Publiquei o artigo e o código fonte no meu site: https://sites.google.com/site/cerdiogenes/ia

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Eclipse não detecta que JBoss inicializou

No Eclipse, ao clicar duas vezes no servidor de aplicação para visualizar suas configurações é possível alterar diversas configurações, porém estas configurações não são as configurações que o JBoss irá utilizar, elas indicam quais as configurações do servidor de aplicação.

No Eclipse, mudei a porta do JBoss para 8088 e ao inicializar o servidor o Eclipse não detectava que ele já havia inicializado e apontavo o erro "Server JBoss v4.2 at localhost was unable to start within 50 seconds. If the server requires more time, try increasing the timeout in the server editor."

Para alterar a porta do JBoss é necessário modificar o arquivo %JBOSS_HOME%/server/default/deploy/jboss-web.deployer/server.xml na linha
O Eclipse bem que podia ser mais esperto e dizer que esta configuração não representa a porta na qual o JBoss vai levantar, mas isto é algo que deve ser solicitado aos desenvolvedores do Eclipse.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Upload de arquivos no JSF2 no escopo de conversação

Há algum tempo vinha procurando uma solução para fazer upload de arquivo no JSF2 no escopo de conversação.

Existem vários sites que mostram como fazer upload de arquivo no JSF{1,2}, porém nenhum deles leva em consideração o escopo de conversação: http://forums.sun.com/thread.jspa?threadID=5399669, http://ironicprogrammer.blogspot.com/2010/03/file-upload-in-jsf2.html, http://dominikdorn.com/?p=169, http://balusc.blogspot.com/2009/12/uploading-files-with-jsf-20-and-servlet.html

Além destes sites também vi uma solução no livro Core Java Server Faces 3ª edição, no entanto nesta solução o mesmo problema existia. Ao submeter um arquivo, enquanto no escopo de conversação, o escopo era simplesmente destruído.

Entrei em contato com os diversos autores para verificar se eles me davam uma luz, pois ainda sou bastante cru para mexer com filtros em JSF. Algum tempo depois recebi a resposta do autor do Core Java Server Faces, o Cay Horstmann, que me sugeriu olhar como o Seam resolvia o problema, pois esta foi a tecnologia pioneira do escopo de conversação.

Ele me deu esse conselho no dia 30 de Junho, mas apenas hoje consegui finalizar a implementação.

Primeiro olhei o código do RichFaces, pois ele que contém o componente de file upload e então percebi que ele não implementava o filtro, que é o componente que analisa a requisição e processa os cabeçalhos para extrair o arquivo e os outros elementos da requisição. Descobri que quem fazia isso era o próprio Seam.

Coloquei no liquidificador a implementação do Seam e do Cay Horstmann e o sabor ficou muito bom, um componente de upload de arquivos simples e que funciona no escopo de conversação. Pefeito!

Porém não me peça para explicar porque o filtro do Seam funciona para salvar a conversação, ainda não consegui entender, mas se você souber, ficaria muito satisfeito em ouvir.

O projeto do NetBeans que criei pode ser baixado através do seguinte link: http://sites.google.com/site/cerdiogenes/java/jsf2/fileupload.zip?attredirects=0

Nele não existe nenhum tipo de validação, mas pretendo começar a trabalhar nisso em breve, pois vou precisar integrá-lo em um sistema e os requisitos se tornam mais específicos. Que venham os problemas então! E que sejam fáceis de resolver :D

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Enviar comandos de teclado a uma aplicação através do terminal

Estou tentando treinar um controlador para aprender a dirigir em uma pista através de aprendizado não supervisionado. Estou rodando meu experimento no simulador TORCS, o que envolve reiniciar a corrida muitas vezes. O TORCS tem um bug que depois de re-iniciada a corrida centenas de vezes acaba gerando um segmentation fault. Ou seja, é um bug bastante chato de ser reproduzido e consequentemente bastante difícil de depurar e corrigir.

Para contornar este problema e ganhar tempo de simulação resolvi procurar uma solução para verificar se o TORCS estava rodando, em caso negativo (aconteceu o segfault) eu o reiniciaria, porém teria que mandar 4 enters para iniciar a simulação.

Após uma googleada encontrei a solução rapidamente. Utilizando o comando xsendkeycode é possível enviar sinais de teclados para a aplicação que está com foco. Com o comando ps e grep consegui verificar se o programa estava rodando.

No link http://www.anyexample.com/linux_bsd/bash/check_if_program_is_running_with_bash_shell_script.xml encontrei o script que verifica se um programa está rodando e nos links http://linux.die.net/man/8/xsendkeycode, http://www.linuxforums.org/forum/linux-programming-scripting/136576-simulating-pressed-keys-shell-script-3.html achei as peças para enviar os comandos enter.

No final criei o seguinte script:

#!/bin/bash
GAME='torcs'

OUT=$(ps ax | grep -v grep | grep $GAME)

if [ "x$OUT" != "x" ]
then
sleep 30
else
$GAME & sleep 2; xsendkeycode 36 1; xsendkeycode 36 0; xsendkeycode 36 1; xsendkeycode 36 0; xsendkeycode 36 1; xsendkeycode 36 0; xsendkeycode 36 1; xsendkeycode 36 0;
fi


E chamei-o com a seguinte linha para ficar em um loop infinito:

while [ 1 ]; do ./run_game.sh; done

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Configurar Repositório Externo no Subversion

Quando estamos desenvolvendo alguns projetos, as vezes precisamos buscar código-fonte de repositórios externos. Isso é interessante até mesmo no desenvolvimento in house, pois as vezes utilizamos bibliotecas em diferentes projetos. Desta forma conseguimos manter uma base de software para diferentes aplicativos e atualizá-las de forma fácil.

Para configurar os repositórios externos utiliza-se os comandos:
svn propget
svn propset
O comando propget serve para você solicitar uma propriedade configurada em um diretório. Um exemplo de sua utilização é:
svn propget svn:externals .
O ponto do final se refere ao diretório corrente, caso queira pegar a propriedade de outro diretório basta passar um caminho no lugar do ponto.

O comando propset server para setar uma propriedade e sua syntaxe é:
svn propset svn:externals 'dir_local http://endereco.svn.remoto/nome/do/diretorio' .
Repare o ponto no final. Este comando diz que no diretório corrente (o ponto) será criado um diretório com o nome dir_local e seu conteúdo será buscado do repositório http://endereco.svn.remoto/nome/do/diretorio.

Após está mudança, basta fazer um commit e um update das alterações para buscar o repositório externo. Caso você queira criar mais de um repositório externo adicione todas as referência externas em um arquivo da seguinte forma:
dir_local1 http://endereco.svn.remoto/nome/do/diretorio1
dir_local2 http://endereco.svn.remoto/nome/do/diretorio2
dir_local3 http://endereco.svn.remoto/nome/do/diretorio3
E ao utilizar o comando svn propset faça o seguinte:
svn propset svn:externals -F nome_do_arquivo .
Não esqueça depois de setar a propriedade de realizar um commit.

Isso é realmente muito fácil, mas a documentação do SVN deixa bastante a desejar em relação a um recurso tão útil.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

JSF Managed Bean sendo Chamado Diversas Vezes (Como Evitar este Erro Comum)

Estava procurando no Google a resposta para um problema que estava tendo na utilização do framework Seam, quando me deparei com a resposta para uma solução de algo que já me incomodava a algum tempo.

O problema consiste em vários acessos a um método em um Managed Bean durante a requisição de uma página JSF e durante a submissão de um POST. Este comportamento se apresenta quando se usa um método na tag value, pois durante o ciclo de vida do JSF ele pode acabar chamando tal método diversas vezes.

Para evitar isso, deve-se anotar o método que retorna o dado a ser apresentado na tela com @Factory(value="variavelUsadaNaPagina", scope=ScopeType.PAGE), sendo que o nome declarado em em value deve ser utilizado na tag value na sua página e o escopo é onde tal variável irá viver.

Depois de aprender isso, me toquei que seria possível mandar esta variável para o escopo de conversação e depois injetar a variável em outro método, algo bastante útil!

O post onde encontrei a solução para este problema pode ser acessado através do endereço: http://www.mojavelinux.com/blog/archives/2008/05/avoid_this_common_jsf_mistake/

segunda-feira, 15 de março de 2010

O "jeitinho" brasileiro!

As vezes eu gosto de ser brasileiro, as vezes tenho vergonha, acho que muitos se sentem assim de vez em quando.

O "jeitinho" brasileiro é bem mais do que achar uma solução criativa para os problemas, é muitas vezes, talvez na maioria delas, de pensarmos apenas no nosso próprio umbigo, nos entregarmos aos nosso desejos. Deixar de lado as nossas obrigações, deixar de lado nossos pensamentos e nos jogarmos na certeza de que a injustiça nos deixará livres e o que passou, passou! O futuro me aguarda e cheio de presentes!!!

O "jeitinho" brasileiro não nos permite planejar, pensar, realmente elaborar trabalhos que são elaborados, no final das contas dá-se um "jeitinho" e tudo se encaixa em seu lugar, mesmo que tenha que ser com esparadrapo, fita-crepe e super bonde.

O pior de tudo, as pessoas parecem gostar disso, principalmente os minutos de alívio após o "jeitinho" que talvez não estoure mais nas mãos delas.

Ainda bem que alguns se cansam de viver de "jeitinhos", mas infelizmente o seu poder é muito maior, não temos controle sobre ele, é parte da nossa cultura, infelizmente, e muitas vezes falamos dele com orgulho, mas desse do qual podemos ter orgulho não é o mesmo que todos os dias saem da lata do lixo... e assim a cultura continua, sem parar, sem calar...